Toxicidade do glifosato em Physa acuta Drapramurd, 1805, em condições não controladas de laboratório

Autores

  • Paulo Ricardo da Silva Camargo Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Jenniffer Cecília Noronha de Faria Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Marcos Fernandes Silva Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Tainá Marques Sampaio Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Carlos Roberto Mangussi Filho Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Gabriel Henrique de Morais Fernandes Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Nataly Mendes Neves Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Marília Ribeiro dos Anjos Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Newton Pimentel Ulhôa Barbosa Universidade Federal de Ouro Preto/REDEMAT/FIMAT
  • Paulo Santos Assis Universidade Federal de Ouro Preto/REDEMAT/FIMAT
  • Antônio Valadão Cardoso Universidade Federal de Ouro Preto/REDEMAT/FIMAT
  • Afonso Pelli Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Palavras-chave:

agrotóxico, gastrópodes dulcícolas, taxa de sobrevivência

Resumo

O uso de agrotóxicos se faz cada vez mais presente nas atividades agrícolas, sendo o Brasil um dos maiores contribuintes ao uso glifosato (N-fosfonometil glicina). A utilização inadequada de defensivos agrícolas oferece potencial risco ao meio ambiente, principalmente em ambientes aquáticos continentais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi realizar teste de toxicidade com o gastrópode límnico Physa acuta na intenção de verificar os efeitos das concentrações do Glifosato 480 AGRIPEC®. Os organismos utilizados no teste de toxicidade são oriundos do cultivo de moluscos dulcícolas no Biotério Nico Nieser, do Laboratório de Ecologia e Evolução da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Foram escolhidos aleatoriamente vinte e quatro gastrópodes e alocados dois indivíduos por aquário, totalizando onze unidades experimentais. O experimento foi acompanhado por quatorze dias. O tratamento 1, com a maior concentração de glifosato (1ml) exibiu 100% de mortalidade em relação aos demais tratamentos. Quando comparado a porcentagem de sobrevivência de todos os tratamentos, pode-se verificar dois grupos: tratamentos 1-5 apresentaram 60% de sobrevivência, enquanto os tratamentos 6-10 apresentaram 90%. Dessa maneira, ficou evidenciado que as concentrações de glifosato podem estar relacionadas com a porcentagem de sobrevivência, quanto menor a concentração do herbicida maior a porcentagem de sobrevivência. Esses dois grupos apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Os autores concluem que apesar dos resultados indicarem a toxicidade do glifosato ao Physa acuta, novos estudos devem ser realizados visando identificar o real grau de toxicidade e eventual DL50 do princípio ativo.

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Publicado

2020-03-30

Como Citar

Camargo, P. R. da S., Faria, J. C. N. de, Silva, M. F., Sampaio, T. M., Filho, C. R. M., Fernandes, G. H. de M., Neves, N. M., Anjos, M. R. dos, Barbosa, N. P. U., Assis, P. S., Cardoso, A. V., & Pelli, A. (2020). Toxicidade do glifosato em Physa acuta Drapramurd, 1805, em condições não controladas de laboratório. Interação, 21(1), 579–590. Recuperado de https://interacao.org/index.php/edicoes/article/view/64

Edição

Seção

Artigos